23 de junho – Meditação Matinal 2015

Retrospectiva do Adventismo em Tempos de Guerra – Amai os vossos inimigo. Mateus 5:44
Acho impossível amar os inimigos e sair para tirar a vida deles, ao mesmo tempo. Por isso, no verão de 1961, em meio à crise do Muro de Berlim, enfrentei a ameaça de um tribunal de guerra.
Eu era um soldado treinado de infantaria que, até aquele momento, tinha sido agnóstico convicto. Contudo, durante o primeiro semestre do ano, eu me interessara pelo adventismo e chegara à convicção de que não deveria mais portar armas, nem treinar aos sábados. Eu havia começado a gostar da lógica bíblica por trás da posição denominacional, embora ainda não houvesse me tornado membro da igreja.
Uma boa pergunta é como um jovem que tinha um relacionamento breve e tênue com o adventismo conhecia a posição da igreja sobre o serviço militar? A resposta é simples e direta: a igreja tinha sido clara e consistente em tornar pública sua posição, aconselhando pastores e jovens a esse respeito.
A Associação Geral havia nomeado pastores especiais para as associações locais ajudarem os recrutas a conquistar seus direitos de não combatentes, além de imprimir grande número de publicações sobre o assunto, para a juventude. Havia também a Corporação de Cadetes Médicos, instituição patrocinada por faculdades e colégios adventistas, com o objetivo específico de preparar os adventistas para ocupar posições não combatentes, quando recrutados.
Além disso, circulavam histórias de muitos jovens adventistas ao redor do mundo que haviam sido presos e até martirizados, por se recusarem a empunhar armas ou trabalhar no sábado. Caso não fosse o bastante, havia ainda a história amplamente divulgada do médico Desmond T. Doss, que recebeu uma medalha de honra por salvar a vida de pelo menos 75 feridos na batalha de Okinawa.
Mas o recrutamento compulsório cessou, a divulgação, também, e o adventismo negligenciou o assunto, esquecendo, por fim, sua história. Desde 2007, o exército dos Estados Unidos contava com cerca de 7.500 adventistas voluntários, quase todos (com exceção dos capelães) servindo como combatentes.
Às vezes, a igreja perde sua história de vista e precisa lembrar o que ela representa. Isso também acontece em nossa vida pessoal. Que Deus nos conceda a força de vontade necessária para passar por esse processo com honestidade. 

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