Educação nos Bons e Velhos Tempos – Sabes o grego? Atos 21:37
Embora esse versículo possa não parecer muito bom para uma reflexão devocional, ele aborda uma questão interessante.
Nos bons e velhos tempos, a educação não era muito boa. A sociedade só considerava instruído alguém versado em grego e latim antigos e na literatura desses idiomas. A educação tradicional se concentrava nos clássicos da Antiguidade.
Tal educação, é claro, não fazia o menor sentido para as massas, que precisavam trabalhar para obter seu sustento. De fato, a educação formal em escolas não estava aberta para a maioria das pessoas durante grande parte da história, nem mesmo em sua forma mais rudimentar. A escolarização era privilégio, dos poucos que tinham origem rica e nunca se viram forçados a trabalhar para ganhar a vida.
Assim como na questão da saúde, a educação nos bons e velhos tempos era terrível. Por mais de dois mil anos, a educação ocidental enfocou as línguas antigas, as palavras, ideias e os “grandes livros” de sua herança. O prestígio e a longevidade da tradição dificultavam aos educadores adotar abordagens alternativas.
Entretanto, as reformas viriam, chegando ao auge no século 19, justamente quando o adventismo se desenvolvia.
Na vanguarda das reformas educacionais dos anos 1830, estiveram pessoas como Horace Mann, que liderou a batalha em favor da educação básica pública e de qualidade para todas as crianças. Mann e seus amigos tentaram não só tornar a escolarização acessível, mas, também, prática e sadia. Eles sabiam que não fariam muito bem se educassem a mente caso o corpo dos alunos estivesse doente.
À frente na educação superior se encontrava a Oberlin College, que, na década de 1830, eliminou o grego e o latim clássico, centralizou a cosmovisão bíblica e desenvolveu um programa de estudos de trabalhos manuais, a fim de ajudar as pessoas a adquirir habilidades úteis além da instrução teórica, garantindo um equilíbrio entre as esferas mental e física.
A propaganda da Oberlin dizia: “O sistema de educação neste instituto promove o corpo e o coração, bem como o intelecto, pois seu alvo é proporcionar a educação do ser humano completo.”
As ideias educacionais adventistas não surgiram no vácuo. Sempre podemos, até hoje, aprender com a cultura mais ampla, à medida que avaliamos tradições e práticas da perspectiva da cosmovisão bíblica
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