30 de junho – Meditação Matinal 2015

Em Busca de uma Educação Apropriada – 5 – Quanto melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! Provérbios 16:16
Conforme vimos ontem, o Battle Creek College não conseguiu atender às expectativas de seus fundadores. Não havia aulas regulares de ensino religioso, muito menos, matérias obrigatórias. Embora seja verdade que Uriah Smith fizesse de tudo, mancando para lá e para cá, para dar algumas palestras eletivas um tanto quanto tediosas sobre profecia bíblica, parece que não conseguia reunir um bom público.
Os catálogos da instituição divulgavam: “Não há nada nos cursos, nem nas regras e práticas de disciplina que seja denominacional ou sectário. As aulas de Bíblia são totalmente opcionais.” Ainda: “Os administradores desta faculdade não têm nenhuma disposição de insistir com os alunos para adotar visões sectárias, nem de destacá-las.” Essa foi a gênese da educação superior adventista do sétimo dia.
Contudo, as coisas pioraram. Brownsberger deixou sua função em 1881, e a escola o substituiu por Alexander McLearn, que chegara com a vantagem de possuir um nobre diploma de doutor em divindade, mas a desvantagem de não ser adventista, nem um converso recente. Brownsberger podia até não entender a necessidade de uma educação genuinamente adventista, mas McLearn não entendia nem sequer o adventismo.
A instituição fechou as portas para o ano letivo de 1882-1883, sem a certeza de reabrir. Essa foi a primeira tentativa adventista de gerir uma instituição de educação superior. Um dos jornais de Battle Creek chamou o fiasco adventista de “circo do extremo Oeste”.
Foi em meio à confusão da liderança de McLearn que Ellen White transmitiu, apesar das dificuldades, um testemunho chamado “Nosso Colégio”, artigo lido no prédio central do colégio, perante a liderança eclesiástica e educacional da denominação, em dezembro de 1881. E ela não omitiu nenhuma palavra: “Há risco de nosso colégio ser desviado de seu desígnio original” (T5, p. 21).
Esta triste história pode nos ensinar algo importante. É fácil pensar que a igreja passa por um movimento descendente contínuo desde sua fundação, mas a realidade não é essa. A igreja sempre teve problemas e sempre terá. Entretanto, Deus não desiste dela. O Senhor trabalha com pessoas e instituições nada perfeitas, e persiste mesmo quando sentimos vontade de desistir.

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