12 de maio – Meditação Matinal 2015


Quem quer organizar a igreja? – Proclamareis liberdade na terra a todos os seus moradores. Levítico 25:10
Alguém queria organizar a igreja? Com certeza, Tiago White e José Bates, não, no fim dos anos 1840. Ambos haviam pertencido à Conexão Cristã, grupo religioso no qual liberdade significava não ter restrições por parte de estruturas eclesiásticas, nem de qualquer organização superior à congregação local.
Um de seus pastores mais importantes escreveu, no início da década de 1830, que a Conexão Cristã havia surgido simultaneamente em diversas partes dos Estados Unidos no início do século 19, “não com o objetivo de estabelecer doutrinas distintivas e peculiares, mas para garantir a indivíduos e igrejas mais liberdade e independência em relação a questões de fé e prática, bem como para retirar a autoridade de credos humanos e as algemas de modos e formas prescritos, a fim de fazer da Bíblia o único guia, atribuindo a cada indivíduo o direito de ser um expositor da Palavra e de julgar por si mesmo quais são suas doutrinas e exigências e, no viver diário, seguir mais de perto a simplicidade dos apóstolos e cristãos primitivos”.
Um historiador do movimento resumiu em 1873 a ardente independência dos conexionistas: “Quando perguntamos a que grupo eles pertenciam, a resposta era: ‘A nenhum’. ‘A que denominação vocês pertencem?’ ‘A nenhuma.’ ‘Que nome partidário vocês assumirão?’ ‘Nenhum.’ ‘Então o que vocês farão?’ ‘Continuaremos como começamos: seremos cristãos. Cristo é nosso líder; a Bíblia, nosso único credo, e serviremos a Deus livres da rede do sectarismo.’”
Podemos dizer que os membros da Conexão Cristã eram antiorganizacionais. Eles aceitavam a necessidade de estrutura no nível local, mas consideravam cada igreja ou congregação um corpo independente. O que unia as várias vertentes de conexionistas era, em grande medida, seus periódicos. E o nome de sua primeira publicação não poderia ser outro, senão Herald of Gospel Liberty [Arauto da Liberdade do Evangelho]. A segunda estratégia para manter uma vaga união era realizar reuniões desses cristãos com ideias parecidas.
Foi esse tipo de organização – periódicos e conferências – que Bates e White levaram para os primeiros guardadores do sábado. Eles não viam a necessidade de mais estruturas.
É importante destacar que a liberdade é algo bom. Conforme veremos, porém, isso não é tudo o que a Bíblia ensina sobre o assunto. Os primeiros adventistas descobriram que Deus guia todas as iniciativas à medida que as necessidades surgem.

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