Por conta da pobreza extrema, muitas são obrigadas a trabalhar para complementar as despesas básicas do lar. 4.7 milhões crianças e adolescentes, entre cinco e 14 anos, trabalham com baixa ou nenhuma remuneração. As que conseguem frequentar uma escola têm grandes chances de serem reprovadas. A média é de 8,5 anos para chegar ao quinto ano escolar. Nas favelas, a dificuldade é maior ainda. Apenas metade das crianças está matriculada em escolas, 18% a menos que a média nacional. Para combater esse problema, a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais, a ADRA Bangladesh, desenvolve seis projetos voltados, especialmente, para casos assim.
Os colégios públicos do país exigem a aprovação em um exame nacional antes de aceitarem novos alunos, dificultando o acesso à educação para crianças carentes. Cerca de nove mil crianças recebem educação informal, com aulas de bangla e inglês, facilitando a entrada delas em escolas públicas. Os pequenos também recebem atendimento médico todo, aulas sobre higiene e alimentação balanceada. Milhares deixam as ruas, param de trabalhar e saem da desnutrição, graças aos projetos educacionais da ADRA.
Do lixo à sala de aula
Uma delas é Trina. Ela estava sentada em uma pilha de lixo, procurando por comida, quando a ADRA a encontrou. Passava o dia assim enquanto seus pais trabalhavam. A mãe é costureira e o pai transporta pessoas em um rickshaw – um triciclo-táxi muito comum no país. A renda familiar não era suficiente para sustentar a todos e, por conta disso, muitas vezes não tinham o que comer.Ela tinha cinco anos de idade quando foi cadastrada em um dos projetos de Daca, capital de Bangladesh, juntamente com seus irmãos. Pela primeira vez, iam à escola. No ano seguinte, a irmã de Trina passou na prova de admissão para escolas públicas. Em 2014, Trina também foi aprovada. Agora, as duas estudam no colégio do governo pela manhã e recebem reforço escolar e monitoramento pela ADRA no turno vespertino.
A agência humanitária adventista também oferece aos pais educação básica, assim como palestras de conscientização sobre direito das crianças e questões sociais. Eles são visitados e aconselhados sobre o desenvolvimento dos filhos e encorajados a descobrirem suas próprias vocações.
No entanto, Trina já sabe o que quer ser quando crescer. “Meu sonho é ser professora porque quero ajudar outras crianças a ficarem limpas e bonitas de uniforme, e aprenderem bastante. Quero que todos tenham seus sonhos realizados”.
Sobre doação o contato deve ser feito via e-mail pelos e-mails landerson@adrabd.org ou landersonsantana@hotmail.com. [Equipe ASN, Ketlin Brito]
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