Domingo 31/06 - Fugir do Farisaismo

A prática da verdadeira religião, seguindo os ensinamentos de Jesus, enfrenta o risco de dois extremos: o legalismo e o liberalismo. Nos dias em que Jesus viveu entre os homens, Ele lidou com estes dois extremos, prejudiciais para o relacionamento com Deus. Os fariseus pregavam uma gama de fardos pesados como sendo deveres espirituais, “mas que eles mesmos não estavam dispostos a levantar um só dedo para movê-los” (Mt 23:4,).Os saduceus eram liderais, questionando os princípios de conduta.

Paralelamente a torah, os líderes israelitas criaram outro código, o Talmude, com inumeráveis normas que determinavam o modo de conduta para as mais variadas situações. Havia uma série de normas ditando o que podia ou não ser feito. Assim, por exemplo, em relação ao sábado, colher espigas de trigo, ou outro produto qualquer das searas e comê-los, era violação do quarto mandamento. (Mt 12:1 e 2). Tomar qualquer alimento sem lavar as mãos era quebra da tradição. (Mt 15:2). Dizimavam as folhas das hortaliças, mas desprezavam a justiça e o amor de Deus. (Lc 11:42). Praticavam jejuns, davam esmolas mesquinhas, oravam nas esquinas das ruas e nas praças, tudo com o objetivo de aparentar espiritualidade e santidade, mas por dentro eram como túmulos com seus ossos secos, praticando uma religião morta.

Todas estas práticas de origem humana, mesmo sendo uma parte delas aparentemente boas em si, Jesus condenou-as frontalmente como instrumento de salvação. A salvação é um dom da graça de Deus e nunca conquistada por méritos e práticas de obras humanas.

O outro extremo, o liberalismo, não é menos perigoso para a vida espiritual. Se o legalismo conduz para o fanatismo de normas rijas e pesadas, que não expressam nem amor nem justiça, o liberalismo conduz para o fanatismo da anarquia e libertinagem, negando o amor e a justiça de Deus.

Judas declara que na igreja apostólica “certos homens, cuja condenação já estava sentenciada há muito tempo infiltraram-se dissimuladamente no meio de vocês. Estes são ímpios, e transformaram a graça de nosso Deus em libertinagem e negam Jesus Cristo, nosso único Soberano e Senhor” (Jd 4, Nova Versão Internacional).
Pense: “Ai de vocês, fariseus, porque dão a Deus o dízimo da hortelã, da arruda e de toda sorte de hortaliças, mas desprezam a justiça e o amor de Deus! Vocês deviam praticar estas coisas, sem deixar de fazer aquelas” (Lc 11:42, Nova Versão Internacional).
Desafio: Mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se desses também” (2Tm 3:4 e 5, Nova Versão Internacional).

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