Lição da Escola Sabatina Jovens - Terça - 05/05

MULHERES DE GRATIDÃO E FÉ
Comentário por Pr. Albino Marks

Quem é esta mulher pecadora que ungiu a Jesus na casa de Simão? Os comentaristas têm dificuldades em identifica-la. No entanto, Ellen G. White não deixa dúvidas sobre quem é esta pecadora: “Simão induzira ao pecado a mulher que ora desprezava... Desprezara a compaixão de Jesus. Não O reconhecia como representante de Deus. Ao passo que Maria era uma pecadora perdoada, ele era um não perdoado pecador... Mas Simão se julgava mais justo que Maria, e Jesus desejava fazer-lhe ver quão grande era na verdade a sua culpa” (Desejado de Todas as Nações, ps. 566 e 567.

Parece inacreditável, mas aquela vida jovem, que gastara horas aos pés de Jesus, que ficou embevecida com Seus ensinos, que anelava cada vez mais da Água da Vida, sob o impacto do pecado desceu ao lodaçal da depravação. Como pôde acontecer?



No jantar, relatado por Lucas, Simão, em seus devaneios recrimina a Jesus: “Se Este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que Lhe tocou, porque é pecadora” (Lc 7:39, Almeida Revista e Atualizada).

Jesus, que estava lendo os pensamentos mais íntimos de Simão, volta-Se para ele e declara de modo muito incisivo: “Simão, tenho algo a lhe dizer”. O fariseu responde interessado: “Dize, Mestre” (Lc 7:40, Nova Versão Internacional). Jesus passou a narrar em tom solene a parábola dos dois devedores, na qual fez passar perante Simão o filme de seu envolvimento pecaminoso com a mulher que estava acusando e condenando. Jesus culmina a Sua ilustração com uma declaração contundente, volvendo Seu olhar de Simão para a mulher: “Seus pecados estão perdoados” (Lc 7:48, Nova Versão Internacional).

Em outra narrativa, Lucas conta o incidente de uma mulher enferma, fazia doze anos. Ela ouvira falar do amor de Jesus em Sua maneira de relacionar-se com as pessoas e de Seu poder sobre as enfermidades e os demônios. Como, além de mulher, era enferma, sentia-se duplamente marginalizada em sua sociedade. De maneira esquiva, procurou aproximar-se de Jesus para ao menos tocar Suas vestes, pois, estava convicta de que obteria a cura. De maneira amorosa Jesus conduziu a mulher para dar o seu testemunho público de fé. Muitos tocavam Jesus naquelas circunstâncias, mas somente a mulher recebeu a bênção em resposta ao seu toque.

Jesus veio abençoar e salvar pecadores, não importa se homem ou mulher.

Pense: “Quando, aos olhos humanos, seu caso parecia desesperado, Cristo viu em Maria aptidões para o bem. Viu os melhores traços de seu caráter. O plano da salvação dotou a humanidade de grandes possibilidades, e em Maria se deviam os mesmos realizar. Mediante Sua graça, tornou-se participante da natureza divina... Podeis dizer: sou pecador, muito pecador. Talvez o sejais; mas quanto pior fordes, tanto mais necessitais de Jesus. Ele não repele nenhuma criatura que chora, contrita... Perdoará abundantemente todos quantos a Ele forem em busca de perdão e restauração” (Desejado de Todas as Nações, p. 568).

Desafio: “Então Ele lhe disse: ‘Filha, a tua fé te curou! Vá em paz’” (Lc 8:48, Nova Versão Internacional).